CCD 2 – CTT 5

CCD 2 – CTT 5

UMA DERROTA PARA ESQUECER

O CCD perdeu ontem no terreno dos CTT, num jogo de grande rivalidade entre dois emblemas de prestígio no futebol do INATEL, cujo domínio da equipa da casa nunca esteve em causa.
Para evitar as gélidas temperaturas das manhãs, o INATEL marcou o jogo para o campo 1º de Maio, no Catujal, para as 17h locais, mas a decisão não evitou que o jogo se disputasse debaixo de 3 graus positivos.
Quando ouviram o apito do árbitro para o intervalo, o técnico Rui Santos e os jogadores do CCD devem ter respirado de alívio. Os primeiros 40 minutos foram de verdadeiro sufoco. A excelente exibição da equipa dos CTT teve o seu auge ao minuto 5 com o primeiro golo. Boa combinação na direita do ataque, com um avançado a servir a entrada do ponta-de-lança que se antecipa ao lateral direito para desviar com a perna para a baliza.
A equipa dos CTT aproveitou erros gritantes da defesa do CCD para alcançar uma vitória justa num jogo bem jogado e com muitas oportunidades de golo.
As últimas exibições do CCD deviam ter assustado a formação dos CTT, mas quem apareceu estranhamente tímido, encolhido e nervoso foi, sem que ninguém entendesse porquê, o conjunto do CCD.
Perante a equipa dos CTT que entrou ao estilo FMI, controlador e dominador, os jogadores do CCD (sem o farol Rui Santos no meio-campo) nunca mostraram soluções nem ideias ofensivas, pareciam bloqueados. Já os adversários, movimentando-se quase como máquinas, não falhavam um centímetro na marcação e, com um trabalho de casa bem feito, tinham elementos estrategicamente bem posicionados - tapando, entre outros Paulo Pinto e Verdasca -, enquanto exploravam a agilidade e a velocidade dos seus avançados. Notando-se a ausência no miolo da equipa de Rui Santos (a jogar a lateral-esquerdo!!!...)- um jogador fundamental, pelos movimentos de desequilíbrio que cria quase por instinto -, o CCD foi dominado desde o primeiro minuto.  O adversário impôs-se de forma clara, mas os homens do CCD não se atemorizaram com o ambiente dos…23 espectadores que tiveram a coragem de assistir ao jogo nas bancadas do campo no Catujal. Sem preocupações defensivas, o CCD tentava circular a bola com desmarcações nas costas do adversário mas só aos 37 minutos rematou à baliza adversária, numa altura em que já tinha sofrido 3 golos.
Se a apreciação ao sector defensivo terá de ficar para outro jogo, por motivos óbvios, o meio-campo não esteve ao nível que nos habituou nos últimos encontros.
Ontem, o treinador do CCD só fez duas substituições por manifesta falta de opções no banco e optou por um 4-4-2, com a surpreendente presença de Rui Santos a lateral-esquerdo e de Paulo Pinto (o melhor jogador) no centro do ataque.
A segunda parte foi um pouco diferente, como indica o maior número de vezes em que Diogo Malheiro teve de intervir – mais três grandes defesas -, ainda que o CCD tivesse querido inverter a tendência com a entrada de Carlos Mendes e Cocó, que, por azar, haveriam de entrar em jogo a cerca de 5 minutos do quarto golo dos CTT.
Foi um rude golpe para uma equipa limitada nas opções e que acabara de lançar os seus ases de trunfos!!!...
O certo é que os guerreiros do CCD tiveram de recuar para as trincheiras, aguentar o melhor desempenho ofensivo dos CTT e assim manter o objectivo de ser recompensado com mais um golo ao cair do pano.
Flash interview. “Entrámos com medo dos CTT que é muito forte no ataque. Eles foram mais felizes. Acreditei que podíamos empatar. afirmou o treinador Rui Santos.
  • ULTIMA HORA: Nilson está debaixo de olho nos CTT.
Segundo o site dos “Correios de Portugal”, o craque está referenciado e, pelos vistos, a exibição menos conseguida, não baixou a sua cotação.
O médio internacional do CCD, é um dos possíveis reforços da equipa dos CTT, tendo sido abordado no final do jogo por um empresário da equipa adversária. Nilson, tem contrato com o CCD até final da época e a cláusula de rescisão é de 50 jantares, mas o empresário confia que não será necessário atingir esse número astronómico para contratar o jogador.
  • Disciplina: cartões amarelo: Tó;
  • Assistência: 23 espectadores.
  • Presentes: Tapadas e filha Madalda.
  • Ausentes: Joãozinho (continua a estudar); Martins (motivos pessoais); Quim (motivos pessoais); Paulo Santos (castigo disciplinar); Pedro Assunção (a namorar);
·     CCD UM A UM
  • Diogo (2): Elástico e concentrado, fez três grandes defesas a impedir o avançado de festejar. Mas não teve uma tarde fácil…
  • P. Monteiro (2): Uns furos abaixo do normal. Foi ultrapassado no lance do golo, mas deixou o dever cumprido.
  • Bruno (2,5): Bem tentou remar contra a maré da ineficácia atacante. Dedicou-se a apagar os fogos ateados pelos irreverentes avançados.
  • Tó (2): Teve muito trabalho e sofreu para segurar a pressão pelos flancos.
  • Rui (2): Adaptado a uma posição nova sentiu dificuldades no duelo com o extremo que nunca lhe deu descanso.
  • Bernardo (2): Obrigou o guarda-redes adversário a uma grande defesa e foi ele o marcador do primeiro golo que fez o CCD sonhar…por pouco tempo.
  • Nilson (2): Nunca conseguiu pegar no jogo. Aos repelões, sempre foi dando um ar do seu perfume.
  • Hugo (2): Jogo com sobriedade táctica ao que se acrescenta uma boa capacidade de luta.
  • Leonel (2): Lutou bastante mas faltou sal e força no passe.
  • P. Pinto (3): O melhor do CCD somou lances de perigo para a baliza contrária. O jogador com sinal mais, que com bom posicionamento impediu que a equipa se desmoronasse nos piores momentos.
  • Verdasca (2): Muito activo e afoito no ataque deixou a cabeça em água aos defesas adversários.
  • Carlos Mendes